Comissão vai debater política de gestão em territórios indígenas

A Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais vai realizar audiência pública na terça-feira (31) para discutir a execução da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas, instituída pelo Decreto 7.747/12.

Célia Xakriabá quer transformar política de gestão territorial em lei
Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados

Confira a lista de convidados da reunião, marcada para as 15 horas, no plenário 12.

A autora do requerimento para a realização da audiência é a deputada Célia Xakriabá (Psol-MG). Ela considera que a instituição da política representou importante momento para os direitos dos povos indígenas, “ao materializar diversas demandas” para a gestão dos territórios apresentadas por variados movimentos indígenas do Brasil.

Desafios

Ela considera, no entanto, que alguns desafios persistem para o fortalecimento dessa política, como, por exemplo, questões relacionadas aos recursos necessários para sua execução.

Para fortalecer o instrumento, ela defende a aprovação do Projeto de Lei 4347/21, que transforma em lei a política de gestão territorial, “elevando seu status no ordenamento jurídico e fortalecendo sua execução”.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Projeto isenta de IR a transferência de quotas de fundos de investimento de herança

Proposta será analisada pelas comissões da Câmara dos Deputados

O autor da proposta, deputado Jonas Donizette | Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

O Projeto de Lei 2045/23 determina que o Imposto de Renda (IR) não será retido na fonte em caso de transferência de titularidade de quotas de fundos de investimento da herança para o cônjuge meeiro ou o sucessor. O texto em análise na Câmara dos Deputados altera norma tributária (Lei 8.981/95).

“Recentemente, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região decidiu que não deve haver tal incidência”, disse o autor da proposta, deputado Jonas Donizette (PSB-SP), ao defender a mudança. “A sucessão não pode ser considerada um resgate para os efeitos de cobrança tributária”, continuou o parlamentar.

Na decisão, detalha Donizette, o tribunal definiu que, na herança, o herdeiro continua nas relações patrimoniais do falecido, substituindo-o ainda em relações jurídicas. “Não se pode criar, a princípio, a ficção jurídica de resgate e recompra, mas pode-se dizer que há continuidade no exercício de direitos”, avaliou.

Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

 

Projeto altera regras para regularizar lote ocupado em assentamento do Incra

Proposta será analisada pelas comissões da Câmara dos Deputados

O Projeto de Lei 132/23 prevê que o lote ocupado em assentamento oficial sem a autorização do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) poderá ser regularizado, se o interessado estiver explorando a área há pelo menos um ano, respeitadas outras normas.

O texto em análise na Câmara dos Deputados altera a Lei da Reforma Agrária. Atualmente, a norma permite a regularização de lotes ocupados desde que o projeto de assentamento do Incra tenha sido criado há, no mínimo, dois anos, contados a partir de 22 de dezembro de 2016.

“O Incra tem sob sua gestão, em todo o País, projetos de assentamento que ainda não foram objeto de titulação”, afirmou o deputado Rubens Otoni (PT-GO), ao defender as mudanças.

Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

 

Correio Braziliense – “O poliamor já é uma realidade no Brasil”, diz presidente de comissão na Câmara

Titular do colegiado que trata de assuntos ligados à família, o deputado Fernando Rodolfo (PL-PE) está empenhado em deliberar sobre a agenda de costumes. Esta semana, o colegiado vai debater sobre o casamento entre mais de duas pessoas e a personalidade civil do nascituro.

Após aprovar o Projeto de Lei (PL) 580/2007, que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a Comissão de Previdência, Assistência Social, infância, Adolescência e Família (Cpasf) ganhou notoriedade e se tornou uma das Comissões mais polêmicas da Câmara. As pautas de costume são um dos pilares do trabalho do colegiado, que é majoritariamente conservador, e, por isso, deve continuar movimentando o Congresso nos próximos meses.

Em entrevista ao Correio, o presidente da Cpasf, deputado Fernando Rodolfo (PL-PE), afirma que o próximo tema a ser debatido pela comissão é a personalidade civil do nascituro, que entrou na pauta de votação da próxima quarta-feira (25/10), e o poliamor — união estável entre mais de duas pessoas. Em seguida, o colegiado deve discutir sobre alienação parental, aborto, terapias para conversão de orientação sexual (a chamada “cura gay”), terapia hormonal para redesignação de gênero em crianças e adolescentes, entre outros.

A comissão também está fazendo tratativas para instaurar uma CPI que investigue a aplicação de recursos públicos em programas sociais na Cracolândia, em São Paulo. Até o momento, o deputado coletou cerca de 60 assinaturas para abrir a investigação, mas precisa de mais, aproximadamente, 110. Na entrevista, o presidente da Cpasf descreveu o trabalho do grupo e detalhou as pautas polêmicas que serão tratadas pelo colegiado. Veja:

Quando assumiu a comissão, o senhor decidiu votar todos os projetos que eram de competência da Cpaf. Por que essa decisão? Não valeria a pena fazer um filtro, para não perder tempo debatendo projetos muito antigos, que não condizem com a realidade social atual?

Um projeto tem que ser votado, de qualquer jeito. Mesmo que seja para arquivar, nós temos que votar e, então, ele precisa ser pautado. Não tem como zerar uma pauta, que tem uma fila de mais de 300 projetos, sem pautar. Nosso foco é zerar a pauta e estamos trabalhando para isso. Na última reunião, por exemplo, nós aprovamos 15 projetos, é um número que dificilmente vemos em outras comissões. Não sei se consigo votar todos, porque ainda temos uma fila muito grande, mas, até o final do ano, queremos votar o máximo que conseguirmos.

Mas no caso do casamento homoafetivo, por exemplo, foi pautado um projeto de mais de 15 anos atrás, quando a realidade era completamente diferente. Não seria o caso de não pautar um projeto que muda um entendimento que assegurou um direito para a comunidade LGBTQIA+ há mais de 10 anos?

O casamento homoafetivo acontece no Brasil em função de uma jurisprudência, de uma decisão do Supremo Tribunal Federal. O Congresso Nacional não fez o seu dever de casa, como deveria ter feito lá atrás e, na ausência de uma lei, o Supremo decide. Mas a decisão do Supremo pode sofrer mudança de entendimento a qualquer momento. No caso do foro privilegiado, já se discutiu, e o Supremo mudou o entendimento. (O mesmo ocorreu) na questão da prisão em segunda instância, que era um tema pacificado, assim como esse do casamento homoafetivo, mas sofreu mudança de entendimento. Então surge a necessidade de se ter uma regulamentação, na lei, do casamento homoafetivo e de tantos outros temas.

O que o senhor pensa sobre casamento homoafetivo?

Eu penso e defendo que a gente tem que ter uma lei. Se a lei vai permitir ou se vai proibir o casamento homoafetivo, não cabe a mim, tem que ser uma decisão tomada pelo colegiado. Na nossa comissão, não passou a permissão para o casamento, mas isso não quer dizer muita coisa, porque é só o primeiro passo da tramitação de um projeto. Ele ainda vai para outras comissões, pode ser votado no plenário, ainda vai para o Senado. Justamente para evitar injustiças e equívocos, o processo legislativo é longo.

Não há inconstitucionalidade nesse projeto?

A sociedade passou, nos últimos anos, por um processo de modernização, mas as leis que nós temos no Brasil são antigas. A própria Constituição precisa passar por uma atualização, porque, lá em 88, nem passava pela cabeça do legislador constituinte essa história de casamento de pessoas no mesmo sexo. Tanto é que hoje, na Constituição, ainda está escrito que casamento é entre “homem e mulher”. Tem que mudar esse artigo para poder chamar esse projeto de inconstitucional. Então o projeto que a comissão votou é constitucional. Está de acordo com a Constituição. O momento é outro, a Constituição é que está atrasada nesse aspecto. A gente tem que ter uma lei no Brasil que regulamente isso, foi o que o que a comissão entendeu e apenas iniciou o processo. A opinião de 12 parlamentares, que votaram, não reflete a opinião de 513, por isso que existem esses caminhos legislativos que permitem inclusive o projeto ser votava plenário.

Foi discutida nos bastidores da Comissão a possibilidade de uma PEC para alterar o artigo 226 da Constituição (que trata sobre família)?

Existiu sim essa discussão, inclusive me lembro que o deputado Marco Feliciano (PL-SP) foi muito feliz quando ele chamou à responsabilidade todos aqueles parlamentares que defendem a causa de LGBT, que nenhum deles nunca apresentou uma PEC para mudar o artigo 226. O que a gente viu nesse debate foi, tanto de um lado quanto do outro, deputados querendo aproveitar e surfar na mídia com isso. Tinha parlamentar que chegava lá, falava e ia embora, não estava nem aí para o que estava acontecendo, queriam mesmo era fazer vídeo para o Tik Tok. Infelizmente é essa a realidade que a gente tem no parlamento. As urnas trouxeram muitos deputados youtubers, blogueiros, que fazem política pela internet, e vivem disso, da mídia. Mas, na hora de colocar a mão na massa e fazer uma PEC para mudar o artigo 226, ninguém apresentou até hoje.

Quais são os próximos projetos a serem debatidos pela Comissão?

Nós temos na comissão o projeto da identidade civil do nascituro, que é um projeto da Chris Tonietto (PL-RJ), luta muito contra essa questão do aborto. Tem, de polêmico, o do poliamor. Tem o da alienação parental, que, inclusive, o relator é o deputado Pastor Eurico (PL-PE), e tenta mudar a lei que trata sobre a alienação parental; tem de adoção de criança por casal homoafetivo. Tem muita polêmica nesta comissão. É uma comissão nova, pequena, mas que parece que juntaram todos os projetos polêmicos do mundo e jogaram aqui dentro.

O projeto da alienação parental promete ser polêmico. O que pode surgir da discussão?

A discussão sobre o projeto da alienação parental deve, sim, encontrar algumas divergências, mas não acredito que seja como foi no caso do casamento homoafetivo. Eu não vejo um texto que vai gerar tantos embates. Sei que vai ser polêmico, já estamos preparados para enfrentar alguma resistência, mas em proporção menor do que foi a outra discussão. O projeto deve ser pautado na próxima semana ou na primeira de novembro.

E em relação à “cura gay”?

Esse projeto vai ter um debate muito longo, muito tenso. Nós já sentimos isso e vem sentindo ao longo das últimas semanas, com a votação do casamento homoafetivo. Falar em retrocesso é muito ponto de vista de quem de quem está falando, ao mesmo tempo que se fala sobre retroceder, tem uma corrente que prefere dizer que é um avanço. Essa coisa da cura gay é algo que vem há muitos anos. Esse projeto vai ter um debate muito acalorado, mas, se a gente tiver tempo ainda esse ano, nós vamos pautá-lo.

Há projetos  de lei que proíbem a terapia hormonal para redesignação de gênero em crianças e adolescentes. Tem, inclusive, um Projeto de Decreto Legislativo (PDL), de autoria do senhor, que susta os efeitos de uma resolução do Conselho Nacional de Saúde que fixa 14 anos como idade mínima para iniciar esse tipo de terapia. Como avalia esse tema?

Estou pronto para enfrentar o debate. Qualquer tema que seja sensível precisa ser votado. Não é porque o tema é sensível à sociedade que a gente vai deixar dentro de uma gaveta. Minha opinião pessoal com essa questão de terapia hormonal para crianças que querem mudar de sexo, sou totalmente contra isso. Eu não vejo como encarar isso com normalidade, uma criança de 13, 14 anos querer mudar de sexo e ter o direito de fazer cirurgia, ou tratamento com hormônio. Às vezes ele não sabe o que tá fazendo. Isso seria um cheque em branco para adotarmos a cultura da criança trans no Brasil, e criança trans não existe. Então eu sou totalmente contra, e a gente vai pautar esses temas sensíveis até o final do ano.

Alguns projetos sobre aborto também constam na comissão. Dados estatísticos mostram que muitas mulheres morrem por conta disso. A saúde da mulher vai ser levada em consideração? De que forma a comissão vai debater o tema?

Nós vamos debater na comissão a Personalidade Civil do Nascituro. A saúde da mulher tem sim que ser levada em conta, mas a gente não pode usar o argumento de que o aborto tem que ser legalizado porque sendo feito em um hospital, uma clínica, com legalidade, vai preservar a mulher. A mulher vai ter uma atenção maior, mas e a vida? Nesse momento nós vamos debater a preservação da vida do nascituro. No entanto, não dá para separar esse debate da mulher. É preciso enxergar algumas possibilidades. A discussão vai contemplar a saúde da mulher e os casos que já são previstos em lei.

Pautas de costume e sobre orientação sexual parecem ter se tornado um pilar da comissão. Como ficam as pautas relacionadas à previdência?

É uma comissão que existe para isso, para discutir pautas de costume. O nome é Previdência e Assistência Social, tirando isso tem Infância, Adolescência e Família, ou seja, são três temas que reúnem, majoritariamente, pautas de costume. Eu estou designando mais relatores para mais projetos da área previdenciária, porque nós temos assuntos densos para discutir como a regulamentação profissional de categorias. Relacionado a isso, nós já aprovamos na comissão o Plano Nacional de Assistência Social; a inclusão de catadores de material reciclável como segurados especiais da Previdência; renda básica para pessoas com deficiência; o aumento de penas para crimes cometidos contra crianças e adolescentes. Muitos projetos que foram aprovados até agora são da área de previdência, da área de assistência social.

A comissão esbarra em muitos assuntos em discussão no Supremo Tribunal Federal. Como enxerga essa relação entre os Poderes?

Estamos fazendo a nossa parte. O Supremo está debatendo hoje assuntos que estão na nossa comissão, porque os projetos ficaram engavetados ao longo dos últimos anos, porque os parlamentares não fizeram o dever de casa. Então a gente está correndo contra o tempo para pautar, discutir e votar os projetos que deveriam ter sido votados lá atrás, e muitos deles, hoje, estão sendo discutidos no Supremo porque a gente aqui não tem feito nosso papel.

Qual a próxima pauta da comissão? 

O próximo projeto a ser debatido deve ser o poliamor. A gente tem, hoje, um conflito jurídico. Tem o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que proíbe os cartórios de emitirem certidão de união estável para mais de duas pessoas, e tem alguns juízes no país já autorizando os cartórios das suas comarcas a fazerem essa escritura de união estável com mais de três pessoas. Um exemplo disso aconteceu recentemente, no Rio Grande do Sul. Foi com um homem e duas mulheres, uma delas estava grávida. Uma das mulheres, que não era a gestante, é servidora do Banco do Brasil. Na própria decisão do juiz, ele disse que ela tem que ter direito a licença maternidade mesmo sem ser gestante. Esse assunto é muito complexo, mas a gente vai discutir. Inclusive, estou marcando para semana que vem já uma audiência pública, para a próxima quarta-feira, para a gente acelerar a tramitação desse tema. Na semana seguinte, pretendo marcar a primeira reunião para tentar votar sobre isso.

Por que a pressa?

Se a gente não decidir logo sobre isso, ter uma lei que diz se pode ou se não pode, daqui a pouco teremos no país casamento, união estável, com quatro, cinco pessoas. No Brasil, a nossa cultura é a monogamia, entre duas pessoas. Aí vem um juiz e autoriza três. E quando ele autoriza, eu posso dizer que no Brasil o poliamor já é uma realidade. Então, se a gente não regulamentar isso em lei, o Brasil vai virar o quê?

Quantos projetos a comissão já discutiu e deve discutir nos próximos meses?

Aqui na Câmara, essa comissão é nova. Começou este ano e muita gente não conhecia a Cpasf. A população começou a enxergar a comissão com a votação do projeto da união homoafetiva, que foi um debate muito acalorado. Quando eu assumi, a mesa diretora mandou um despacho com quase 400 projetos que estavam na comissão de Seguridade, que deixou de existir e não tinham sido votados. A gente tinha um projeto datado de 2003, ou seja, há 20 anos o projeto está engavetado aqui. Eu fui pautando, começando pelos mais antigos e chegamos nos projetos de 2007, que tinha, entre eles, esse do Clodovil, do casamento homoafetivo. Vencemos essa etapa, e agora a gente vai entrar nessas outras temáticas. A pauta de costumes desperta muita rivalidade ideológica aqui dentro da comissão.

Quais são os resultados até aqui?

A nossa comissão é a que mais aprovou projetos em 2023, mais, inclusive, do que a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) — a maior comissão maior da Casa, que recebe projeto de todas as outras. Nós aprovamos 236 proposições, sem contar com os apensados que tem cada uma delas.

Ano que vem outro deputado deve assumir a presidência da comissão. Como vai ficar o trabalho do colegiado? O senhor vai continuar no grupo como membro?

Devo continuar porque é uma comissão que tem muita relação com meu posicionamento como deputado. Eu sou conservador, sou da bancada evangélica, e muitos dos assuntos que são debatidos na comissão estão relacionados com a minha forma de pensar como parlamentar. Quem vai assumir a presidência deve ser alguém do PL (Partido Liberal) e, por isso, tudo vai estar alinhado, encaminhado.

Fonte: Correio Braziliense

Sessão Solene na Câmara dos Deputados homenageia os 180 anos do Registro de Imóveis

Brasília (DF) – A Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg/BR) esteve representada na Sessão Solene em homenagem aos 180 anos do Registro de Imóveis, que aconteceu na Câmara dos Deputados, em Brasília, na tarde desta segunda-feira (23/10). A homenagem foi requerida pela deputada Luísa Canziani (PSD-PR).

O Registro de Imóveis do Brasil, criado em 1843, tem uma longa e rica história na proteção e garantia dos direitos de propriedade no país, tendo se consolidado como uma ferramenta fundamental para a segurança jurídica nas transações imobiliárias.

Ao longo desses 180 anos, o Registro de Imóveis tem sido um dos principais responsáveis pela manutenção da estabilidade jurídica nas transações imobiliárias, colaborando para o desenvolvimento da economia e para a geração de emprego e renda em todo o país.

O vice-presidente da Associação, Ari Álvares Pires Neto, e a diretora da entidade Moema Locatelli Belluzzo estiveram presentes ao lado de outros representantes de entidades cartorárias, como o presidente do Operador Nacional do Registro (ONR), Flauzilino Araújo; o vice-presidente do Registro de Imóveis (IRIB), José Arimatéia Barbosa; o presidente do Registro de Imóveis do Brasil (RIB), Flaviano Galhardo; e o diretor institucional da Confederação Nacional de Notários e Registradores (CNR), Alex Silveira Canziani.

“Essa comemoração dos 180 anos é celebrar a história da segurança jurídica, confiabilidade e do progresso do Brasil. Desde a criação do primeiro registro geral de imóveis, em 1843, esse sistema surgiu visando em garantir o crédito, mas tornou-se a base para o base para o desenvolvimento da propriedade e a garantia dos direitos dos cidadãos. Ao longo de décadas, o registro de imóveis do Brasil foi evoluindo e adaptando-se aos desafios e necessidades da sociedade”, destacou o vice-presidente da Anoreg/BR.

Flauzilino Araújo disse que “celebrar os 180 anos do Registro de Imóveis na Câmara dos Deputados representa muito para a classe”, pois a atividade surgiu para apoiar o desenvolvimento do Brasil.

Também estiveram presentes na sessão solene os deputados Hugo Motta (Republicanos-PB), Rafael Pazenti (MDB-SC), Rodrigo de Castro (União-MG) e o ministro do Turismo Celso Sabino, além de representantes das Anoregs estaduais.

“Falar do registro de imóveis, necessariamente, é falar da segurança jurídica que essa atividade proporciona ao mercado financeiro, aos corretores de imóveis e, principalmente, ao usuário do serviço: o cidadão”, destacou o ministro do Turismo Celso Sabino.

Já o diretor institucional da CNR, Alex Canziani, parabenizou a todos que vêm promovendo a regularização fundiária pelo país, atividade de grande importância realizada pelos cartórios de Registro de Imóveis. “Quero parabenizar cada colega em todo o Brasil. Os registros são feitos gratuitamente e é gratificante ver a emoção das pessoas, que às vezes estavam morando durante 30, 40 ou 50 anos em determinado local sem o registro da propriedade. Através desse trabalho que fazemos diariamente, estamos levando cidadania aos brasileiros”, disse.

A presidente da Anoreg/PA e diretora da Anoreg/BR, Moema Locatelli Belluzzo, disse que “a homenagem tem uma enorme importância para a atividade registral e notarial. É uma grande satisfação estar aqui hoje representando a Anoreg Pará e a Anoreg Brasil celebrando os 180 anos do Registro de Imóveis, e entre as presenças ilustres aqui, inclusive o ministro Celso Sabino, que é do Pará e falou palavras maravilhosas aqui sobre a atividade. Também parabenizo todos os registradores de imóveis pela segurança jurídica, pelo registro da propriedade e pela regularização fundiária”.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Anoreg/BR

Comissão aprova exigência de certidão de antecedentes criminais para habilitação ao casamento

Proposta ainda será analisada por outra comissão da Câmara dos Deputados

A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que inclui a certidão de antecedentes criminais e a certidão judicial cível e criminal entre os documentos necessários para a habilitação para o casamento.

Essas certidões são popularmente conhecidas como “nada consta”. Pelo texto, elas terão cunho meramente informativo e não impedirão a habilitação. Além disso, terão de ser emitidas nas comarcas onde os noivos moram e trabalham.

O Projeto de Lei 1973/23 foi proposto pela deputada Dayany Bittencourt (União-CE). O relator, deputado Pastor Eurico (PL-PE), deu parecer favorável ao texto.

“A exigência das certidões evitará surpresas sobre eventos passados, possibilitando que a relação parta de um porto seguro, com transparência e segurança”, disse Eurico.

Transparência
As novas regras são incluídas no Código Civil. Atualmente, a legislação já exige uma série de documentos dos noivos para a habilitação ao casamento, como certidão de nascimento e declaração do estado civil.

Tramitação
O PL 1973/23 tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Comissão aprova exame de paternidade mesmo com registro de filiação em cartório

Projeto de lei será ainda analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania

A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família aprovou a realização de exame para investigação de paternidade mesmo quando já exista registro de filiação em cartório. O texto aprovado é o do Projeto de Lei 5047/19, da deputada licenciada Dra. Soraya Manato (ES).

Na justificativa, a autora afirma que tribunais brasileiros têm negado autorização para exames de paternidade até que o registro de filiação em cartório seja anulado. A deputada considera, no entanto, que a identificação do pai biológico permite “aumento substancial da qualidade de vida de descendentes, por meio da identificação de problemas de linhagem hereditária”.

A relatora, deputada Andreia Siqueira (MDB-PA), concordou com os argumentos da autora e propôs apenas emenda de redação. Segundo Siqueira, a investigação do grau parentesco paterno, além de viabilizar direitos ligados à herança, auxilia no diagnóstico de doenças genéticas e crônicas e facilita casos de transplante de órgãos. “É uma ação importante, particularmente, em casos de adoção não oficial”, disse a relatora.

Tramitação

A proposta será ainda analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) em caráter conclusivo.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Comissão discute avanços tecnológicos digitais com representantes de cartórios

A comissão especial sobre direito digital da Câmara dos Deputados debate nesta quinta-feira (19) a digitalização de registros públicos. A audiência foi sugerida pelo deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG), relator da comissão, e será realizada no plenário 7, a partir das 10h30.

Desta vez, os parlamentares vão ouvir representantes de tabeliães e cartórios. Veja quem foi convidado para discutir o assunto.

O colegiado avalia propostas para adaptar a legislação brasileira aos avanços tecnológicos e estabelecer a Política Nacional de Desenvolvimento Econômico Digital.

 

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Comissão vai debater união civil entre pessoas do mesmo sexo

Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família  da Câmara dos Deputados vai realizar na terça-feira (26) audiência pública para debater o Projeto de Lei  580/07, que permite a duas pessoas do mesmo sexo constituírem união homoafetiva por meio de contrato em que disponham sobre suas relações patrimoniais.

Confira a lista de convidados para a reunião, que está marcada para as 14 horas – o local ainda não foi definido.

Esse projeto foi apresentado pelo ex-deputado Clodovil Hernandes (SP) e tramita apensado a outra proposta (PL 5167/09), que vai no sentido oposto,  proibindo que relações entre pessoas do mesmo sexo sejam equiparadas ao casamento ou a entidade familiar.

Parecer

O parecer do relator na Comissão de Previdência, deputado Pastor Eurico (PL-PE), é pela rejeição do projeto do ex-deputado Clodovil e pela aprovação do PL 5167/09, do ex-deputado Capitão Assumção (ES).

Desde 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconhece a união homoafetiva como núcleo familiar, equiparando as relações entre pessoas do mesmo sexo às uniões estáveis entre homens e mulheres.

Requerimento

O autor do requerimento para realização da audiência é o deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), que é favorável ao reconhecimento da união homoafetiva. Segundo ele, a decisão do STF aplica outros princípios constitucionais ao caso, como:

  • dignidade da pessoa humana;
  • proibição da discriminação;
  • pluralismo como valor sócio-político-cultural;
  • liberdade e autonomia da vontade do indivíduo para dispor da própria sexualidade;
  • direito à intimidade e à vida privada; e
  • promoção do bem de todos como objetivo constitucional.

“Além disso, o STF entendeu que não há na Constituição um conceito fechado ou reducionista de família nem qualquer formalidade exigida para que ela seja configurada”, acrescentou o parlamentar.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Decisão do STF que derrubou marco temporal das terras indígenas gera repercussão na Câmara

Para deputados e senadores favoráveis à causa indígena, projeto aprovado pela Câmara e em discussão no Senado pode ser considerado inconstitucional

Deputados comemoraram pelas redes sociais a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, nesta quinta-feira (21), considerou inconstitucional a tese do marco temporal das terras indígenas. O julgamento terminou em 9 a 2.

A tese do marco temporal estabelecia que a demarcação dos territórios indígenas deveria respeitar a área ocupada pelos povos até a promulgação da Constituição Federal, em outubro de 1988.

O marco é criticado por advogados especializados em direitos dos povos indígenas, pois segundo eles validaria invasões e violências cometidas contra indígenas antes da Constituição. Já ruralistas defendem que tal determinação serviria para resolver disputas por terra e dar segurança jurídica e econômica.

A presidente da Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais da Câmara, deputada Célia Xakriabá (Psol-MG), que acompanhou o julgamento no tribunal, destacou a atuação da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, no diálogo com o STF. “Duas vitórias: no ano em que se cria o Ministério dos Povos Indígenas, derruba-se o marco temporal”, disse a deputada, nas redes sociais.

O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) considerou a decisão uma “vitória da vida”. “A Corte formou maioria para frear o genocídio indígena proposto pelos ruralistas.”

A deputada Tabata Amaral (PSB-SP) fez coro às críticas ao marco temporal. “Aquela tese jurídica faria com que os povos indígenas que não tinham posse de suas terras na data da promulgação da Constituição perdessem o direito a elas. Vitória dos povos indígenas, do meio ambiente e da democracia!”

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) espera que a decisão contribua para o fim do genocídio indígena. “Vimos nos últimos anos o que a falta de fiscalização em nome da ganância provoca, e o resultado é sempre o mesmo: morte. Dos nossos povos originários, das florestas que eles mantêm de pé bravamente e do próprio futuro da humanidade”, afirmou.

Agropecuária

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Pedro Lupion (PP-PR), afirmou que a decisão do STF poderá criar uma “barbárie no campo”, pois não há previsão de indenização para produtores que perderem suas terras. “O que o STF está fazendo é criar uma barbárie no campo. Insegurança jurídica total, sem previsão de indenização, sem garantia para os produtores”, disse o parlamentar, em vídeo divulgado em suas redes sociais.

“Agora nos resta brigar pela modulação de um dos votos [dos ministros do STF] para que pelo menos o produtor tenha o direito de ser indenizado”, declarou.

Projeto no Senado

Lupion disse que, mesmo com a decisão do STF, a frente parlamentar buscará aprovar o projeto do marco temporal no Senado na próxima semana.

O Projeto de Lei 490/07, aprovado na Câmara e em discussão no Senado (PL 2903/23), vai em sentido contrário à decisão do STF. A proposta fixa o marco temporal em 5 de outubro de 1988, dia da promulgação da Constituição.

Para o líder do governo no Senado, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), há grande pressão política e social em relação à questão. Ele afirmou que o governo vai buscar um acordo, com possíveis mudanças no texto que foi aprovado pela Câmara. “Não me parece de bom tom nós confrontarmos uma declaração de inconstitucionalidade do Supremo Tribunal Federal com um projeto de lei que flagrantemente será inconstitucional”, opinou Randolfe.

Os senadores Humberto Costa (PT-PE) e Leila Barros (PDT-DF) defenderam o respeito à decisão do STF. Humberto Costa avaliou o projeto como “cheio de vícios de constitucionalidade” e disse que, na prática, inviabiliza a demarcação de novos territórios indígenas.

Randolfe acrescentou que governo e oposição continuam dialogando e negociando.

Na Câmara, deputados contrários ao marco temporal afirmaram que a aprovação do projeto seria uma ameaça aos direitos dos povos indígenas e traria prejuízos à preservação ambiental. Indígenas chegaram a chamar a decisão de genocídio.

Fonte: Agência Câmara de Notícias